sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Fórum Permanente do césio 137, 30 anos, apoia as vítimas militares do césio-137.

                      Fórum Permanente do césio 137, 30 anos, apoia as  vítimas militares do césio-137, confira o site da AMVC-137 (Associação dos Militares Vítimas do Césio- 137):


                      http://comunidadedesantosfranciscodealmeida.blogspot.com.br/

Audiência Pública no MPF/GO: Em 12 de setembro 2017 às 14:00.



MPF/GO realiza evento e ações em memória dos 30 anos do acidente com Césio 137 em Goiânia 

Evento ocorre no dia 12 de setembro no auditório da Procuradoria da República em Goiás

O Ministério Público Federal em Goiás (MPF/GO) realizará, no dia 12 de setembro, o evento “Césio 137 – 30 anos do acidente em Goiânia: memórias e reflexões”. O objetivo é resgatar a memória do trágico acidente radioativo ocorrido em 13 de setembro de 1987, apresentar à sociedade toda a atuação do MPF nos últimos 30 anos, além de prestar uma homenagem às vítimas.

Três ações estão programadas para o evento: debate, com a participação de membros do MPF, da professora da UFG, Telma Camargo, de representantes de órgãos públicos e representantes das vítimas do acidente; exposição de artes com obras criadas por artistas pertencentes à AGAV – Associação Goiana de Artes Visuais; divulgação do hostsite criado pelo MPF/GO, contendo o histórico dos acontecimentos e a atuação do órgão ao longo desses 30 anos sobre temas diversos, como danos ao ambiente e à saúde dos atingidos, construção definitiva do depósito do lixo radioativo, pensões e indenizações devidas, responsabilizações de pessoas físicas e jurídicas e assistência à saúde das vítimas. 

O Acidente – No dia 13 de setembro de 1987, catadores de lixo encontram, nas antigas instalações do Instituto Goiano de Radioterapia, no centro de Goiânia, um aparelho de radioterapia abandonado. Eles removem o equipamento e o vendem a um ferro-velho, onde foi desmontado, expondo ao ambiente 93g de cloreto de césio-137 (CsCI). Somente em 28 de setembro de 1987, a esposa do dono do ferro-velho leva parte da máquina de radioterapia até a sede da Vigilância Sanitária, quando é identificada a contaminação radioativa. Em 23 de outubro, pouco mais de um mês após o acidente, a criança Leide das Neves (sobrinha do dono do ferro-velho) faleceu em decorrência dos efeitos radioativos, vindo a tornar-se símbolo do acidente.

SERVIÇO
 

Césio 137 – 30 anos do acidente em Goiânia: memórias e reflexões
Data: 12 de setembro de 2017
Horário: 14h
Local: auditório da Procuradoria da República em Goiás (Avenida Olinda, Edifício Rosângela Pofahl Batista, Quadra G, Lote 02, nº 500, Park Lozandes. Goiânia – Goiás. CEP 74884-120)
Programação: 
- Debate
- Exposição artística
- Lançamento do hostsite

Assessoria de Comunicação
Ministério Público Federal em Goiás
Fones: (62) 3243-5454/3243-5266
E-mail: prgo-ascom@mpf.mp.br 
Site: www.mpf.mp.br/go 
Twitter: http://twitter.com/mpf_go 
Facebook: /MPFederal

FONTE:

 http://www.mpf.mp.br/go/sala-de-imprensa/noticias-go/mpf-go-realiza-evento-e-acoes-em-memoria-dos-30-anos-do-acidente-com-cesio-137-em-goiania

PAUTA DE EVENTOS DO FÓRUM PERMANENTE DO CÉSIO-137 DE GOIÂNIA-GO



segunda-feira, 24 de abril de 2017

AUDIÊNCIA PÚBLICA

Césio-137: “Até hoje somos discriminados”, diz presidente de associação

Fórum Permanente Sobre o Acidente com o Césio-137 foi lançado na manhã desta segunda-feira em Goiânia
Lançamento do Fórum Permanente sobre o acidente com o Césio-137 | Foto: Carlos Costa/Alego
Foi lançado na manhã desta segunda-feira (24/4), na Assembleia Legislativa de Goiás, um fórum permanente para debater o acidente radiológico com o Césio-137 que, em setembro de 2017, completa 30 anos. A ação tem como principal objetivo colocar em destaque a restauração da cidadania das vítimas e a preservação da memória da tragédia.
Na solenidade de abertura do lançamento do Fórum Permanente Sobre o Acidente com o Césio-137, o presidente da Associação dos Contaminados, Irradiados e Expostos ao Césio-137 (Aciec), João de Barros Magalhães, discursou sobre a importância da iniciativa e comentou a discriminação que as pessoas afetadas pelo acidente ainda sofrem.
“Até hoje, somos discriminados. Um acidente tão sério que não é debatido com o destaque que merece pelas autoridades, por isso os problemas com as vítimas vêm se arrastando ao longo dos anos”, ressaltou João de Barros.
Representando a Associação das Vítimas do Césio-137 (AVCésio), Suely Lina de Moraes também participou do evento na Alego. Na ocasião, ela reivindicou do Poder Público maior amparo aos associados. “Mesmo após 30 anos, o acidente ainda pode ter consequências gravíssimas para as vítimas”, lembrou.
Ela explica que a AVCésio tem 1.200 pessoas associadas, sendo que 16 delas recebem R$ 1.560,00 de pensão e o restante recebe R$ 780,00. “Todos temos problemas de saúde e muitos dos médicos não sabem dar diagnóstico para nós. Antigamente, eles davam remédios a todas as vítimas, agora não fazem isso mais e não temos condições de pagar, pois a pensão é mínima.”
Relato
Durante o lançamento do fórum, Santos Francisco de Almeida, representante das vítimas militares e seus descendentes, também falou sobre o preconceito que ele e sua família sofreram durante os 30 anos de acidente com o material radioativo.
“Minha filha que é vítima de segunda geração, passou por 11 escolas pois nenhuma queria que ela estudasse e não davam respaldo necessário por ela ser vítima do césio. Além disso, quando ela foi adentrar em um curso superior sofreu bullying da própria coordenadora do curso”, contou.
Ele ressalta sua indignação com tal situação, pois lembra que a filha teve que terminar os estudos em uma cidade do interior, o que ainda assim não impediu que sofresse perseguição. “A situação trouxe prejuízos emocionais, financeiros e também intelectuais à minha filha. Mesmo migrando para o interior do Estado ela não consegue ser respeitada como cidadã”, lamenta.
Iniciativa
Coordenador do grupo responsável pela criação do fórum, o professor Júlio Nascimento explica que os objetivos da iniciativa vão muito além de fazer debates sobre os problemas enfrentados pelas vítimas. “Vamos analisar a situação atual das vítimas, lutar por direitos como assistência à saúde, remédios e pensões”, sustenta.
Júlio Nascimento informa que com o reforço de diversas instituições de Goiás, do Brasil e também do exterior, as atividades do fórum serão levadas até a sociedade por meio de seminários, palestras, visitas dirigidas pelas vítimas aos locais do acidente e, também, por meio da internet. “Vamos trazer especialistas de outros locais do país e do mundo para pontuarmos mês a mês as atividades relacionadas às questões do Césio-137″, acrescenta.
De acordo com ele, o espaço ficará aberto à participação de todas as pessoas e instituições que, compartilhando de seus objetivos, “queiram somar forças por meio de projetos, experiências, estudos, pesquisas, reflexões e produções artísticas” sobre o tema. (Com informações da Alego)

http://www.jornalopcao.com.br/ultimas-noticias/cesio-137-ate-hoje-somos-discriminados-diz-presidente-de-associacao-92601/

AUDIÊNCIA PÚBLICA NA ALEGO